A ditadura, no alto de sua honestidade, não admitia a prática da tortura em seus porões. Muito embora se soubesse que era prática desse regime. Quanto mais tempo durava o regime militar, mais pessoas faziam oposição às atrocidades por ele cometidas. Estudantes, padres, intelectuais e vários setores da sociedade passaram a contestar o regime. Aumentava a contestação, a resposta era a intensificação da tortura, consequentemente, a sofisticação dos métodos ocasionava um grande número de mortos.
Métodos científicos de tortura foram
desenvolvidos. Monstros torturadores escreveriam o seu nome em letras
gigantes nas páginas pungentes da história do Brasil. Nomes como o de
Sérgio Fleury, uma espécie de Torqueimada da ditadura militar. Fleury
levou a tortura para as celas do DOPS de São Paulo, situado na Luz, no
prédio que é hoje a Pinacoteca do Estado. Outro lugar de tortura em São
Paulo era o DOI-CODI do Paraíso, conhecido como a Casa da Vovó. Os
prisioneiros chegavam às mãos de Fleury e dos seus homens já espancados e
feridos, sangrando e muitos vezes, já agonizantes. Ali eram pendurados
no pau-de-arara, recebendo descargas elétricas. Furadeiras elétricas
eram usadas para perfurar corpos, navalhas rasgavam a carne, cigarros
queimavam órgãos genitais, mulheres sofriam abusos sexuais. Socos,
pontapés, afogamentos, eram complementos às torturas, que ficavam cada
vez mais elaboradas.
Os métodos de tortura engendrados
recebiam diversos nomes simbólicos, entre eles, os mais comuns
registrados e confirmados por aqueles que os sofreu, são:
Pau-de-Arara – O
preso era posto nu, abraçando os joelhos e com os pés e as mãos
amarradas. Uma barra de ferro era atravessada entre os punhos e os
joelhos. Nesta posição a vítima era pendurada entre dois cavaletes,
ficando a alguns centímetros do chão. A posição causava dores e atrozes
no corpo. O preso ainda sofria choques elétricos, pancadas e queimaduras
com cigarro. Este método de tortura já existia na época da escravidão,
sendo utilizado em várias fases sombrias da história do Brasil.
Cadeira do Dragão – Os
presos eram sentados nus em uma cadeira elétrica, revestida de zinco,
ligada a terminais elétricos. Uma vez ligado, o zinco do aparelho
transmitia choques a todo o corpo do supliciado. Os torturadores
complementavam o mecanismo sinistro enfiando um balde de metal na cabeça
da vítima, aplicando-lhe choques mais intensos.
Choques Elétricos – O
torturador usava um magneto de telefone, acionado por uma manivela,
conforme a velocidade imprimida, a descarga elétrica podia ser de maior
ou menor intensidade. Os choques elétricos eram deferidos na cabeça, nos
membros superiores e inferiores e nos órgãos genitais, causando
queimaduras e convulsões, fazendo muitas vezes, o preso morder a própria
língua. As máquinas usadas nesse método de tortura eram chamadas de
“maricota” ou “pimentinha”.
Balé no Pedregulho – O
preso era posto nu e descalço em local com temperatura abaixo de zero,
sob um chuveiro gelado, tendo no piso pedregulhos com pontas agudas, que
perfuravam os pés da vítima. A tendência do torturado era pular sobre
os pedregulhos, como se dançasse, tentando aliviar a dor. Quando ele
“bailava”, os torturadores usavam da palmatória para ferir as partes
mais sensíveis do seu corpo.
Telefone – Entre
as várias formas de agressões que eram usadas, uma das mais cruéis era o
vulgarmente conhecido como “telefone”. Com as duas mãos em posição
côncava, o torturador, a um só tempo, aplicava um golpe violento nos
ouvidos da vítima. O impacto era tão violento, que rompia os tímpanos do
torturado, fazendo-o perder a audição.
Afogamento na Calda da Verdade – A
cabeça do torturado era mergulhada em um tambor, balde ou tanque cheio
de água, urina, fezes e outros detritos. A nuca do preso era forçada
para baixo, até o limite do afogamento na “calda da verdade”. Após o
mergulho, a vítima ficava sem tomar banho vários dias, até que o seu
cheiro ficasse insuportável. O método consistia em destruir toda a
auto-estima do torturado.
Afogamento com Capuz – A
cabeça do preso era encapuzada e afundada em córregos ou tambores de
águas paradas e apodrecidas. O prisioneiro ao tentar respirar, tinha o
capuz molhado a introduzir-se nas suas narinas, levando-o a perder o
fôlego, produzindo um terrível mal-estar. Outra forma de afogamento
consistia nos torturadores fecharem as narinas do preso, pondo-lhe, ao
mesmo tempo, uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca,
obrigando-o a engolir água.
Mamadeira de Subversivo – Era
introduzido na boca do preso um gargalo de garrafa, cheia de urina
quente, normalmente quando o preso estava pendurado no pau-de-arara.
Usando uma estopa, os torturadores comprimiam a boca do preso,
obrigando-o a engolir a urina.
Soro da Verdade – Era
injetado no preso pentotal sódico, uma droga que produz sonolência e
reduz as inibições. Sob os efeitos do “soro da verdade”, o preso contava
coisas que sóbrio não falaria. De efeito duvidoso, a droga pode matar.
Massagem – O
preso era encapuzado e algemado, o torturador fazia-lhe uma violenta
massagem nos nervos mais sensíveis do corpo, deixando-o totalmente
paralisado por alguns minutos. Violentas dores levavam o preso ao
desespero.
Geladeira – O
preso era posto nu em cela pequena e baixa, sendo impedidos de ficar de
pé. Os torturadores alternavam o sistema de refrigeração, que ia do frio
extremo ao calor exacerbado, enquanto alto-falantes emitiam sons
irritantes. A tortura na “geladeira” prolongava-se por vários dias,
ficando ali o preso sem água ou comida.
As mulheres, além de sofrer as mesmas
torturas, eram estupradas e submetidas a realizar as fantasias sexuais
dos torturadores. Poucos relatos apontaram para os estupros em homens,
se houveram, muitos por vergonha, esconderam esta terrível verdade.
Fonte e mais informações: http://jornalggn.com.br/noticia/a-tortura-e-os-mortos-na-ditadura-militar
Por hoje, ficarei com esse descritivo dos métodos de tortura utilizados. Amanhã tem mais.
Fonte e mais informações: http://jornalggn.com.br/noticia/a-tortura-e-os-mortos-na-ditadura-militar
Por hoje, ficarei com esse descritivo dos métodos de tortura utilizados. Amanhã tem mais.
Bônus 1: Como bônus, fica a declaração de Bolsonaro de que FHC deveria ser fuzilado no programa Jô Soares. Não acredita? Segue o vídeo AQUI.
Bônus 2: Bolsonaro diz que não estupraria Maria do Rosário porque ela não merece. Alguma mulher merece deputado? Segue vídeo AQUI.
E pra não dizer que foi no calor do momento, ele disse de novo em fala totalmente pensada na câmara dos deputados. AQUI.
Por esse motivo ele foi condenado a indenizar Maria do Rosário em 10 mil reais. Veja AQUI.
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